Tuesday, June 19, 2012

O Que Aprendemos com o Imbróglio Entre Reinaldo Azevedo e João Pinho de Mello?

Que todos perdem. Perdemos uma excelente oportunidade de discutir um assunto importante de forma civilizada. O que vimos foi uma guerra retórica em que os argumentos econômicos e a metodologia econométrica são vítimas. O Shikida e o “O” Anônimo fizeram pontos interessantes. Seguem os meus: 1) O tópico é extremamente importante politicamente, daí a reação irracional da maior parte dos leitores do Azevedo que estão enojados de ouvir a defesa de argumentos aparentemente pró-PT sendo defendidos por doutores, Ph.Ds afiliados as melhores universidades brasileiras; 2) Azevedo sabe escrever e ser irônico e apesar de tocar em alguns pontos importantes sobre o tópico, provou que não sabe nada de economia e econometria; João Mello sabe muita economia e econometria, mas não sabe como usar a mídia para propagar, discutir e popularizar suas idéias; 3) O uso de sólida teoria econômica e robusta evidência econométrica não são suficientes para persuadir o público e para debater políticas públicas é preciso usar outras formas de persuasão, como Keynes enfatizou em inúmeras ocasiões; 4) Azevedo sai com a reputação arranhada entre seus leitores que sabem economia e Mello tem seu perfil público carbonizado sem nunca ter tido a chance de construí-lo.

4 comments:

Anonymous said...

Discordo de quase toda sua conclusão, as racionalidades keynesianas são insuficientes para explicar as ações humanas. (rs)

Anonymous said...

Bora mudar de assunto,vai. quem ganha de coxa vs bambi?

samuel said...

PÔ Selva! Ronaldo tem CARRADAS de razão! O trabalho do cara vale um figo podre.
Esse autor é representante da nefasta produção brasileira: VC SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO? ESTOU DIZENDO QUE 2+2 = 5 Como vc ousa me desafiar?
Ele se daria bem como PERITO DO JUÍZO onde a autoridade (y otras cositas mas) se impõe sobre a lógica.
Fatores subjetivos são importantes para a conclusão, ao passo que os fatores objetivos necessitam ser esmiuçados ANTES de serem usados.
“Liberal com vontade de bombom oficialista, queridos, ninguém segura! Ele já é meu candidato a uma diretoria qualquer no Ipea…” NA MOSCA!

Anonymous said...

Saber econometria não é o mesmo que saber desenhar um experimento decente (mesmo não sendo manipulativo) para testar uma hipótese, estabelecendo as comparações apropriadas e, com isso, cercar seu trabalho de todo tipo de ataque, o que devia ser feito a priori e não agora. Isso tem mais a ver com logica do que estatística. Nesse quesito, o RA é melhor que o Dude de Stanford. Sem essa habilidade, corre-se o risco de tomar uma lambada MERECIDA de alguém que não sabe nada de economoetria, como foi o caso. Pra mim essa é a principal lição do ocorrido. A segunda lição é que professor brazuca esquece tudo que aprendeu de educação na civilização e volta a ser brazuca, assim que pisa nessas espeluncas dessas universidades brasileiras.