Artigo de Pedro H. Albuquerque no Ordem Livre:
Passo a passo vai caindo por terra a tese de que o atual governo federal brasileiro seria capaz de administrar a economia do país de forma mais sensata e competente que o governo anterior. Pergunto-me, de qualquer maneira, como tal tese teria sido concebida – afinal, não há nada nem ninguém na atual administração ou nos seus discursos que indique que ela possa ser melhor que a péssima administração anterior. E continua válida a asserção de que o desempenho macroeconômico brasileiro é medíocre se comparado aos de seus pares em inúmeros aspectos, como já havia sido discutido em artigo precedente. Nada mudou desde então. Entre as últimas trapalhadas econômicas da administração Dilma, encontramos agora o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre compras efetuadas no exterior com cartões de crédito. A forma como esse imposto foi aumentado é um exemplo perfeito de como a política econômica, e particularmente a tributária, é feita no Brasil: sem debate, sem inteligência, conduzida pelos tecnicamente menos competentes para fazê-lo, e sem detalhamento claro e explícito dos grupos que serão os mais beneficiados e prejudicados. As medidas são tomadas num vácuo intelectual, e falta aos grupos prejudicados capacidade de reação política que obrigasse o governo a melhor justificar suas medidas descabidas – tudo isso de forma bastante diferente do que se passa nas nações politicamente e economicamente mais avançadas.
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