Reinaldo Azevedo sobre a filha de Mantega e o PT:
Caffarelli é um aliado de Mantega — tanto é que o ministro o queria na cabeça da Previ. Não tem motivos para criar dificuldades para o amigo. E é Caffarelli quem confirma ter estado, sim, três vezes com Marina, que lhe teria encaminhado pedidos. Informa a Folha:
“Caffarelli disse à Folha que a recebeu em três ocasiões e contou, de forma genérica, quais foram os pedidos. Mas afirmou que nenhum foi levado adiante. Na versão dele, o primeiro pedido foi para a abertura de conta para a loja de uma amiga. Na segunda ocasião, ela teria solicitado informações sobre uma linha de crédito para exportação de frango. Na terceira, queria renegociar dívidas de uma empresa. No último caso, segundo a Folha apurou, tratava-se da Gradiente. Marina namora um dos sócios da empresa, Ricardo Staub. Mas o banco manteve as medidas judiciais contra a empresa. Apenas pessoas de dentro da máquina pública saberiam dos encontros de Marina com Caffarelli.”
E o que diz Marina? Ela nega. Outros dirigentes do Banco do Brasil, no entanto, confirmam que os encontros de fato aconteceram. Bem, não dá para fazer de conta que é normal a filha de um ministro da Fazenda marcar encontros com um dirigente do Banco do Brasil — subordinado, na prática, a seu pai — para tratar de pleitos de seus amigos ou de seu namorado. Aí vira a Casa da Noca, não é mesmo? Marina se diz apenas uma operadora de mercado, que trabalha muito com investidores de Dubai. Tudo bem. Se os encontros que manteve com Caffarelli foram republicanos, por que negá-los — quando, parece, isso não é segredo para ninguém no Banco do Brasil?
Tudo é horrível no PT. Horríveis são os que fazem tráfico de influência, e horríveis são os que elaboram dossiês apócrifos para denunciá-los. Aqueles são detestáveis porque tratam como coisa privada o que é um bem público; estes outros porque não fazem a denúncia movidos por senso de justiça, mas por ambição.
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