O Flamengo nunca foi um celeiro de craques siderais como o Fluminense com Didi, o Santos com Pelé e o Vasco com Romário, mas sempre foi o maior produtor de meio campistas úteis e funcionais do universo. Todos se lembram de Andrade e Adílio, um marca e desarma, o outro cria e arma, tudo com elegância, jogando bola de verdade, sem gimmicks, sem frescura, sem pontapé, sem grossura, futebol de excelência. A prova disso é que o Flamengo nunca teve vantagem comparativa na fabricação de cabeças de área e bagre, uma província naturalmente gaúcha. O Flamengo manufaturava volantes galore, i.e., criava uma multitude de jogadores com talento e inteligência que atuavam no meio campo. Liminha é a marca registrada dessa fundação rubro-negra. Um dos jogadores que mais atuou pelo urubu, que jogava com dedicação, profissionalismo e raça. Carregava pianos como quem leva uma bisnaga debaixo do sovaco. Fez parte do elenco que tirou a urucubaca em 1972, de 7 anos sem título do unico campeonato que importava no mundo, o carioca. No futebol mimimi da geração Neymarra, Liminha seria pura Kryptonita.
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