Thursday, January 11, 2018
Craques Eternos do SB: Manfrini
Manfrini foi o maior craque que o mundo não viu. Revelado na Ponte Preta, chegou a bater bola no Palmeiras. No Palestra não foi considerado carcamano raiz, por não ser perna de pau e falar o paulistano com sotaque insuportavel em falsete Rosettoniano. Foi para o Flu, e em 1973 era disparado o melhor jogador do Brasil. Graças a ojeriza de Zagalo ao futebol arte, i.e., aos craques do Fluminense, ele decidiu não levar Manfrini para a copa do mundo de 1974. Se Manfrini fosse jogador de um dos times acionistas da CBF [chamada de CBD] como o Sumpaulo ou Flamengo, seria obrigatoriamente convocado, ainda mais dada a pressão insuportável da Flapress paulista. Na canarinho barraria Leivinha, para felicidade universal da nação. Manfrini era o pacote completo e integral: combinava inteligência com habilidade, força física com visão de jogo, posicionamento com explosão e, last but not least, batia com as duas e cabeceava bem. O beato Francisco Horta, presidente do Fluminense, queria ir para o céu fazendo caridade, daí num momento de insanidade ensandecida decidiu desmontar a máquina tricolor doando metade do time para o Botafogo de Charles Borel [que assinava Borer]. Borer era o Sarney dos presidentes de times de futebol, onde tocava virava merda. Manfrini, Gil, e Mário Sérgio foram para o time da estrela socialista solitária em troca de Marinho Chagas. Sim, isso mesmo, o paraíba oxigenado Marinho Chagas. Obviamente jogando para o time de várzea do Partidão um craque como Manfrini estava destinado ao desespero, seu futebol de dimensões continentais a estremadura e sua destreza ao aniquilamento.
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