Houve uma época no futebol brasileiro em que centenas de milhares de jogadores se chamavam Carlos Alberto, mas apenas um era o Pintinho. O craque revelado pelo Fluminense assombrou o mundo como o motorzinho da Máquina. Surgiu para preencher o vazio de qualidade e categoria futebolistica deixado pela morte do grande Geraldo, saudoso meio campista do Flamengo. Como Didi, unia a elegância com a postura marcial de um oficial prussiano. Para cada passe errado, cada abacaxi que recebia, tinha o compromisso geométrico inamovível, qual um Newton de Vila Valqueire, de transformar a bola numa esfera que rolasse sem atrito. No tempo em que todo cabeça de bagre jogava olhando para baixo, temendo que a bola criasse vida e escapasse sorrateira dos pés ou o chão o engolisse, Pintinho levantava a cabeça e soberano lançava-a para a eternidade dos gols de Rivelino, Bufalo Gil e Doval. Segue um video de 1973 que mostra o imbatível juvenil do Fluminense com Cleber e Pintinho, conquistando mais uma vez a copa São Paulo de juniores, décadas antes da CBF loteá-la entre os times paulistas.
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