Friday, January 2, 2015

A Maravilha dos Livros de Bolso

Livro no Brasil é produto de luxo, por isso o Brasil continua sendo uma selva. Livro para o Brasileiro é enfeite de sala, precisa ser grosso e grande para preencher espaço na estante. Esse é mais um legado dos bacharéis jurisconsultos que compram livros por metro para mostrar aos clientes que são intelectuais e não analfabetos funcionais. A editora Abril nas décadas de 70 e 80 fez mais pela cultura brasileira do que todos os escritores, editoras, professores e universidades juntos, pois deu acesso a população brasileira aos clássicos da literatura universal, a filosofia [coleção Os Pensadores] e a economia [coleção Os Economistas] ao vender esses livros a preços módicos em bancas de jornais. É preciso lembrar que nessa época havia mais livrarias em Buenos Aires do que no Brasil inteiro. O modelo que a editora Abril seguiu foi criado na década de 30 com o surgimento da indústria de livros de bolso. Uma invenção maravilhosa que mudou o mundo para melhor como mostra o artigo de Louis Menande, Pulp's big moment, na New Yorker.

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