Assalto do PT na Petrobras: Juiz Moro vs. Comissário Zavascki
Augusto Nunes vai direto ao ponto:
Jucá, Lobão, Renan, chefões do PP, cardeais do PMDB, Altos Companheiros do PT ─ um a um, os saqueadores da Petrobras, abraçados aos comparsas que ampliaram a quadrilha nos últimos anos, vão sendo expelidos do baú de bandalheiras aberto por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Refino. Foi para seguir embolsando sem sobressaltos propinas bilionárias que os assassinos de CPIs escavaram em 2009 a cova rasa prestes a acolher outras duas comissões que agonizam no Congresso. O enterro de CPIs não impediu a exumação das verdades que têm assombrado desde sábado o Brasil que presta.Para resgatar os fatos, foi suficiente que uma oportuníssima conjunção dos astros juntasse agentes da Polícia Federal, procuradores de Justiça e um magistrado desprovidos do sentimento do medo. O acordo de delação premiada foi consequência do trabalho exemplar dos que investigaram, da altivez dos que acusaram e, sobretudo, da coragem do juiz federal Sergio Moro, que tornou a prender o ex-diretor da Petrobras inexplicavelmente libertado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.O acordo que induziu Paulo Roberto Costa a abrir o bico, aliás, precisa ser homologado por Zavascki. Precavido, Moro deixou claro ao depoente que, para livrar-se de envelhecer na prisão, teria de fornecer nomes e provas que permitissem a completa desmontagem do esquema criminoso e, portanto, justificassem a delação premiada. É o que o ex-diretor da Petrobras tem feito nos interrogatórios diários que duram em média quatro horas. A menos que tenha perdido o juízo, restará a Zavascki chancelar o acordo sem falatórios em juridiquês.
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