Friday, May 3, 2013
Uma Bomba Atômica Começa a Ser Detonada no Brasil
Os defensores do estado do bem estar social sempre confiaram no poder do espermatozóide e na lascívia inata da mulher brasileira para criar e manter as benesses do estado. A maior delas é a aposentadoria. O esquema funcionava com base na biologia, acreditava-se que a nova geração de otários, mais numerosa, trabalharia para sustentar o ócio das gerações mais velhas. Eles só não contavam com um pequenino problema: o que ocorre quando as gerações mais novas diminuiem de tamanho relativamente as gerações mais velhas? Com a mudança demográfica brasileira o esquema das aposentarias não se sustenta mais. O sistema está quebrado. Estamos ainda no começo dessa bomba relógio que vai explodindo um pouco a cada dia que passa. Mas o caso do capital humano na UFRJ dá um gostinho do que vai acontecer: Aposentadorias, salários abaixo do mercado aquecido e mortes levaram a UFRJ a perder 456 professores, entre 2009 e fevereiro. O número corresponde a 12% do quadro atual da universidade, uma das maiores, mais tradicionais e antigas do País. A falta de concursos agrava a situação e deixa muitas faculdades com déficit de docentes, substituídos precariamente por temporários, principalmente na Graduação.
Apesar do mercado aquecido em algumas áreas – como Engenharia, Direito e Medicina –, o principal fator para a saída em massa de professores da federal é a aposentadoria. Levantamento da universidade mostra que, nos últimos quatro anos, 310 docentes (68% dos 456) se aposentaram. E há problema pela frente: ao menos mais 300 já podem fazer se aposentar a qualquer momento. Segundo o pró-reitor de Pessoal da UFRJ, Roberto Gambine, em dezembro de 2012, havia 2.211 servidores recebendo “abonos de permanência”, entre professores e técnicos, e muitos outros continuam a ser feitos. Trata-se de quando o servidor deixa de deduzir a contribuição previdenciária, por já ter completado o tempo exigido.
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