O Playboy Que Ainda Vai Virar Herói

A cada dia que passa a republiqueta lulo-petista se parece mais com a bagunça generalizada da ditadura militar. Brasília, na década de 70, estava coalhada de playboys. Os políticos, militares, tecnocratas e juízes se refestelavam na corrupção sideral e roubalheira impune que caracterizava o regime, seus filhos cresceram acostumados a impunidade e irresponsabilidade de seus pais e, sem surpresa, as reproduziam onde quer que estivessem. O momento mais ridículo veio de uma tragédia, o filho do então governador do DF, playboy famoso, Rogério Pinton Farias, morreu num acidente de carro num “pega”. Como sói acontecer num país absurdo, ele foi elevado a categoria de herói nacional e foi homenageado com o nome do parque da cidade. Vejam que coisa curiosa, a justiça carioca, famosa pela sua nulidade, nepotismo e escândalos, está fazendo um esforço sobrehumano para transformar um playboyzinho filho de um playboy cujo pai foi um dos beneficiados da ditadura em um super-herói: O Tribunal de Justiça do Rio decidiu nesta quinta-feira desconsiderar o laudo pericial segundo o qual Thor Batista (foto abaixo), filho do empresário Eike Batista, trafegava a 135 km/h quando atropelou e matou o ajudante de caminheiro Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, que pedalava pela rodovia Washington Luís, em março de 2012.