O otimismo em relação a Dilma é uma prova cabal de imbecilidade. Querem por que querem pensar que Dilma tem algo positivo a oferecer simplesmente por não ser Lula. Dilma prova que sua política externa tem o mesmo DNA da dupla Lula-Amorim. Reinaldo Azevedo elabora:
O Itamaraty, desta vez, tinha orientado em voto contra a Síria. Dilma interveio. O Brasil se absteve — Rússia e China foram contra. Por que terá a presidente tomado essa decisão?Acho que ela está deixando claro, mais uma vez, que a política externa brasileira não mudou coisa nenhuma. Aquele voto a favor do envio de uma comissão para investigar a situação dos direitos humanos no Irã foi só um espasmo. A presidente resolveu abrir a Assembléia Geral da ONU pedindo o reconhecimento do estado palestino como sinal da insubordinação da política externa brasileira aos ricos, em especial aos EUA. E dá agora uma piscadela para Bashar Al Assad pelos mesmos motivos.
Ou seja, é política externa de país pequeno e arrogante, que só sabe ser reativo. É evidente que o apoio ao pleito palestino, na forma como se deu, significou uma censura a Israel. Já é uma questão histórica no petismo, não? O Brasil, invariavelmente, vota contra a única democracia do Oriente Médio e a favor de todas as ditaduras — abstenção, nesse contexto, é voto a favor. Até porque a resolução não passaria mesmo: Rússia e China têm poder de veto. Era só um simbolismo. E o Brasil disse o de sempre: “Ninguém manda ni mim”. E não poderia encerrar este texto sem lembrar que o PT, e não faz muito tempo, chegou a assinar um termo de cooperação com o Partido Baath, de Assad. Está cooperando.
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1 comment:
Como é sabido a muito e muito tempo;
"brazuca entende de Fissão nuclear a cocô"
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