Wednesday, June 24, 2009

O Monopólio da AMA e a Reforma da Saúde

Todo monopólio é nocivo. Por um lado porque acumula muito poder e, como consequência, abusa dele. Por outro lado monopólios são ineficientes do ponto de vista econômico, ofertando pouco e cobrando caro. O monopólio médico talvez seja um dos piores. E seu campeão é a AMA, a American Medical Association. O novo presidente da AMA finge apoiar a reforma de saúde neo-comuna do governo Obama. Aponta dois importantes e necessários elementos de qualquer reforma no sistema de saúde: i) Diminuir os custos de seguro, reduzindo os malditos processos judiciais, alimentados pela malta da indústria judicial [leia-se adEvogados] e ii) Aumentar o valor e a rapidez com que o governo paga aos médicos por seus serviços. Não obstante corretas, essas recomendações terão efeito mínimo enquanto os médicos americanos continuarem inflando arbitrariamente a obrigatoriedade de seus servicos [exemplo, receita de remédios] e monopolizando o mercado de trabalho. A AMA limita o número de medicos e aumenta o custo de sua educação, assim como minimiza a concorrência evitando a entrada de médicos formados fora dos EUA. A verdadeira reforma do sistema de saúde passa pela quebra do monopólio da AMA.

2 comments:

Unknown said...

EXCELENTE!!!!!!!!!!

Adolfo

Anonymous said...

Sou médico e sei que os colegas têm esta preocupação monopolista, um cacoete inevitável, porém atenuável num ofício tão melindroso por uma real coinscientização ostensiva dos profissionais sobre o motivo primeiro da nossa arte: o paciente.
Reserva de mercado com a carência de profissionais que temos é realmente inadequado. Os médicos se acumulam nas grandes cidades e mesmo nelas ainda vemos esta carência. Não é responsabilidade só do médico, esta distribuição abjeta de profissionais.
Não acredito que nos EUA seja muito diferente.
Recomendo o filme "Arachnofobia"(1990).
Depois de vê-lo, vi que medicina é parecida em todos os lugares, exceção de Cuba e congêneres, onde não podem escolher, são simplesmente mandados.