Na galeria dos sararás imortais do Botafogo figuram, entre outros, Ruço e Alemão. Mas o torcedor apaixonado pelo time da estrela socialista solitária certamente vai lembrar do maior de todos, Rocha. Quando apareceu para o futebol suburbano do Rio, os olheiros de General Severiano asseveraram que se tratava de um craque, um Hermetto Paschoal da bola. De fato, Rocha foi por muito tempo considerado o melhor parceiro de Zico, um meio de campo cujas tabelinhas com o craque de Quintino entraram para a história, como podemos ver no replay do Fla 6x0 Botafogo em 1981. Suas grandes atuações, seus passes milimetricamente errados, sua colocação estratégica em campo, fugindo da pelota e se escondendo dos atacantes que deveria marcar, suas voadoras espetaculares sobre os adversários na sua própria área, garantiram sua convocação para a canarinho por Telê. Mas na hora agá, o mineiro preferiu levar Cerezo pra copa para dar mais segurança e expressão ao futebol de Paolo Rossi. O Palmeiras, que invejava o sucesso de BiroBiro na democracia corinthiana, decidiu contratá-lo para garantir mais alguns anos de jejum.
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