Wednesday, December 20, 2017

Craques Eternos do SB: Ângelo

Ângelo se chamava Angélio. Foi, ao lado do grande Vantuir, o símbolo do Galo mineiro durante a década de 70. Meio campista sem talento ganhou imortalidade ao receber um pisão de Chicão, depois de uma entrada criminosa de Neca, enquanto se arrastava em campo na final do campeonato brasileiro de 1977. Esse foi um daqueles campeonatos confusos e inacabáveis [começou em 77 e só terminou em Março de 78] que a ditadura militar socialista do Brasil inventou para justificar os estádios sobrefaturados construídos na casa do caralho para sustentar os políticos corruptos do regime, coincidentemente os mesmos que apoiaram e lucraram com o PT. O certame tinha mais de 60 clubes disputando-o, incluindo forças titânicas do futebol mundial como o Fast manaueiro, o River do Piauí, e as sopinhas de letras das Alagoas CSA, ABC, CRB ... Em 1977 o Galo mineiro conquistou o título inédito de vice campeão invicto, com Reinaldo artilheiro máximo da competição, marca que só seria superada 20 anos depois por Edmundo, o animal vascaíno. O time contava com os frangos seguros de João Leite, os passes certeiramente errados de Toninho Cerezo, e o random walk inimitável de Ziza. Mas o núcleo desse futebol arte era centrado nas porradas milimétricas de Ângelo, que para Mário Sérgio nada tinha de angelical, afirmando que ele era o jogador mais mineiro que ele enfrentou, i.e., o mais sujo e covarde.

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