Saturday, May 25, 2013

A Implosão da Argentina

A Argentina é como o Brasil. A Argentina está condenada a aturar e conviver com os argentinos, assim como a danação do Brasil são os brasileiros. Uma das características marcantes dos argentinos é o seu ódio profundo ao bom senso e a teoria econômica básica e elementar. O que os Kirchners estão fazendo com sua agropecuária é nitidamente um crime de lesa patria, um tiro no pé: A Argentina é historicamente conhecida como importante produtor de carne bovina, pela qualidade de seu produto e, sobretudo, pela condição de ser um dos principais fornecedores mundiais. Cada vez mais, porém, o estrangeiro que quiser provar a qualidade desse produto terá de fazê-lo em território argentino. A carne foi o primeiro produto a entrar na lista baixada pelo governo Kirchner (o presidente era Néstor, morto em 2010) de itens que teriam sua exportação controlada, sob o argumento de que era necessário "garantir a oferta doméstica e preços acessíveis". Disso surgiram duas consequências. A carne tornou-se um dos alimentos básicos mais caros da dieta dos argentinos. E a Argentina, que chegou a ser o terceiro maior exportador de carne do mundo, hoje está na 11.ª posição e exporta menos do que o Uruguai e o Paraguai (o Brasil é o segundo maior exportador, atrás da Austrália). Em 2005, a Argentina exportou 771 mil toneladas de carne; em 2012, apenas 183 mil toneladas. As vendas externas do produto são taxadas com um imposto adicional de 15%, chamado de retenção. Além disso, os frigoríficos dispõem de cotas de exportação rigidamente fixadas por Moreno e seu fornecimento para o mercado doméstico está sujeito a tabelamento. Como resultado, os pecuaristas passaram a se dedicar a outras atividades, como a produção de soja, cuja exportação está sujeita a uma retenção maior (35%), mas não depende de cotas. O rebanho, de 57 milhões de cabeças em 2007, se reduziu para 48 milhões em 2010.

1 comment:

Anonymous said...

ué, eles não querem milagre, não gostam de governo enxerido, que mande e desmande em favor de uma zona de conforto nacional???? arquem com as devidas consequências, pois mesmo os opositores aos mandantes se recusam a aceitar que algo diferente seja aplicado no campo econômico...