Thursday, July 16, 2009

Lula Tripudia Sobre a Oposição de Pizzaiolos

O desgoverno do país chegou num ponto crítico em que todos os poderes estão na lama, o descalabro é imenso e irreversível. A falta de vergonha na cara, de respeito, de dignidade mostrado pelo presidente da república engolfado no crime e atolado na devassidão da coisa publica é um sintoma e um sinal de que é impossível cair mais baixo. É triste, é trágico, mas é a cara desse um paisinho de merda.

5 comments:

marco bittencourt said...

SB, me diga uma coisa: como poderíamos modelar ou usar a macroeconomia, mesmo a tosca, como é a keynesiana, para falar das coisas que acontecem no Brasil?
um abraço
Marco B

Andre said...

Marco, a aplicabilidade daquilo que você chama de macroeconomia (mesmo que a tosca) é zero... Mas zero mesmo, tudo porque aqui na Selva, na prática a teoria é outra...

marco bittencourt said...

Falando pro André: o problema não é econômico. É político. Assim faço as minhas digressões e espero que SB meta o pau (nos outros, naturalmente). Saiu na primeira página do O GLOBO: Vagabundos de Novo! Ministério do Trabalho obriga trabalhador a digitar no formato de palavras cruzadas palavras ofensivas a quem procura o site do Ministério sobre benefícios sociais. O que isso retrata? Que os burocratas são parceiros dos poderosos – claro, falo daqueles que se auto-intitulam inescrupulosos. De fato, o modelo brasileiro se dá na seguinte dimensão (a análise de Douglas North que a repito): “... há no Brasil uma aliança muito próxima entre interesses políticos e econômicos. Um grupo de privilegiados alimenta o outro, e vice-versa. O resultado é uma barreira para a competição e para mudanças institucionais inovadoras e criativas. ... é isso que impede o Brasil de se tornar um país de alta renda. Trata-se de uma questão de teoria política, não econômica. Sempre que um determinado grupo controla o sistema político, ele o usa para seu próprio benefício, em detrimento dos interesses da população como um todo. O Brasil é um país cheio de promessas e possibilidades, mas que foi tomado de assalto por grupos de interesse que souberam se aproveitar do Estado para seus próprios benefícios. E ainda se aproveitam. Esses grupos se protegem da competição, numa ação que tende a fechar a economia e barrar a eficiência.” Douglas North disse isso em entrevista a Veja. Daí a violência nas cidades e a sua concomitante favelização. Entretanto, Douglas North não aprofundou sua análise,porque ninguém quer escutá-lo por aqui. Na tentativa de aprofundar o assunto, faço algumas observações. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que o objetivo final desse grupo é se apoderar dos nossos recursos naturais, manter o povo ignorante e fechar a economia ao comércio internacional (você gostaria de ter um computador bom e barato? Tente importar!) para obterem lucros excessivos na produção de suas quinquilharias. Em segundo lugar, é preciso entender como isso acontece e qual o caminho. Então, vale perguntar: os meios para isso? Usar a política. Em terceiro lugar, na seqüência óbvia: como ? Quebrando a harmonia dos poderes. Em quarto lugar, na mesma seqüência: como? Fazendo da política o talismã hipnotizador de forma que tudo esteja sob o brilho da política. Assim, o judiciário fica atrelado ao legislativo e desembargadores e Ministros dos Tribunais Superiores só chegam lá por indicação política. O Executivo e o legislativo são a mesma coisa. Finalmente, a pergunta chave: como os poderosos dominam o Estado? Simplesmente pagando nos mensalões os políticos que cobram a sua parte no butim resultante do saque da casa grande à senzala do povo brasileiro. Agora mesmo estão querendo passar uma PEC (mudança constitucional) em que os precatórios terão novamente uma dilatação no prazo de vencimento. Saiu também reportagem no O Globo indicando como os contratos na área de energia, firmados no governo FHC e os empresários são danosos à população e ao Tesouro e assim o povo brasileiro nunca é pago pelo governo e ainda sustenta tarifas amalucadas. Tudo isso só pode funcionar se um bando de funcionários públicos estiver trabalhando contra o povo brasileiro. Como as distorções são gritantes, os burocratas sabem que o orçamento está encolhendo e vão culpar os mais fracos, como os aposentados do INSS (mexer na aposentadoria privilegiada dos funcionários públicos é questão fora de debate). Resumindo, os inimigos são: Poderosos que em tudo mandam (FIESP, FEBRABAN e RURALISTAS), POLÍTICOS que irão mudar as leis para que a bandidagem prossiga sem repercussão jurídica, funcionários públicos que indicarão os culpados para pagar o FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS FEDERAIS e a MÍDIA OFICIAL que tentará esconder as mazelas do modelo. Só vejo UM ALIADO: O MINISTÉRIO PÚBLICO. Isso não quer dizer que não temos funcionários públicos decentes e sei que você Andre está no grupo de que gostaria de ver funcionando uma economia verdadeiramente de mercado.

marco bittencourt said...

....funcionários públicos que indicarão os culpados para pagar o pato (FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS FEDERAIS)

O pato ficou de fora no comentário anterior, dada a limitação de caracteres por comentário. Mas agora o pato está aí para nós, os trouxas que pagamos a fatura, não ficarmos perdidos.

Andre said...

É verdade, Marco. Chega a ser utópico, mas realmente acredito na economia de mercado. Aquela que estudamos nas primeiras aulas de economia.