Joaquim Barbosa: - A exemplo do que fiz por ocasião do recebimento da denúncia vou seguir a mesma metodologia. A denúncia contém oito itens e julgarei a começar pelo item 3.
Ricardo Lewandowski: - Me oponho a essa metodologia por que estaremos adotando a ótica do MP e admitindo que existem núcleos. Segundo lugar, temos cronograma ao qual me amoldei rigorosamente. Este cronograma estabelece que o senhor relator terá pelo menos três dias e o revisor também. Tudo rigorosamente segundo expõe nosso artigo. Na minha compreensão, o eminente relator, que tem uma ótica do que se contém na denúncia, deverá ler e esgotar.
Joaquim Barbosa: - Não venha Vossa Excelência também me ofender.
Ricardo Lewandowski: - Eu peço perdão a Vossa Excelência, senhor presidente. Eu preparei ao longo desses seis meses um voto consistente, que tem uma lógica, que não tem essa mesma lógica, respeitável, do eminente relator, Quero apresentar minha versão inteira para o plenário. Então, essa tentativa, essa proposta de fatiar a votação ou fatiar a leitura do voto. eu quero dizer que isso é antirregimental.
Marco Aurélio: - Eu penso que há uma dualidade. em primeiro lugar, o voto do relator. a forma do voto fica sob critério de sua excelência. Em segundo lugar, o julgamento. E o julgamento pressupõe que o relator esgote a matéria para ter-se a fala do revisor e a tomada dos votos, principalmente em uma situação em que atos e fatos estão entrelaçados. Precisamos nós, que estamos na bancada, ter uma ideia do conjunto, na fala do relator e na fala do revisor.
Ayres Britto: - Proponho que cada ministro decida sobre a metodologia do seu próprio voto.
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