Quando Krugman fala de macroeconomia, quase sempre fala besteira. Mas quando fala do que realmente entende, aí não tem discussão, ele mata a cobra e mostra o pau, principalmente quando se trata da inerente canalhice da China no comércio internacional:
"A reação da China ao incidente do pesqueiro é, sinto dizer, mais uma evidência de que a mais nova superpotência econômica do mundo não está preparada para assumir as responsabilidades que acompanham essa posição.
As grandes potências econômicas, ao perceber que têm uma participação importante no sistema internacional, normalmente hesitam muito em recorrer à guerra econômica, mesmo diante de uma severa provocação - vejam a maneira como os políticos americanos agonizaram e postergaram sobre o que fazer a respeito da política de câmbio extremamente protecionista da China. Este país, entretanto, não demonstrou hesitação ao usar seu poder comercial para se impor em uma disputa política, em clara - embora negada - violação da lei de comércio internacional.
Junte a história das terras-raras com o comportamento chinês em outras frentes - os subsídios estatais que ajudam firmas a obter contratos chaves, a pressão contra empresas estrangeiras para mudar sua produção para a China e, principalmente, aquela política de câmbio - e temos um retrato de uma superpotência econômica vilã, que não quer jogar de acordo com as regras. E a pergunta é o que o resto dos países vai fazer a respeito".
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