Monday, November 14, 2016

Willa Cather: Quando Goethe Encontra Mark Twain em Nebraska

Se hoje ela é desconhecida e pouco comentada, Willa Cather em vida era uma grande celebridade. Truman Capote a seguia como um poodle zero persegue uma bola de tênis. Scott Fitzgerald, o escritor mais overrated da literatura Americana, salivava enquanto a plagiava. O impiedoso Mencken admirava-a. Cather era um tomboy quando jovem em Nebraska e um sapatão enrustido travestido em elegante matrona dos salões de Nova York. Fez fama merecida como grande escritora que era. Apesar de popular, no fim da vida o sucesso crítico mudou inteiramente. Ela começou a ser depreciada como conservadora por esquerdistas que infiltraram e dominaram a imprensa e as universidades. Por causa disso o vitriólico comuno-feminismo yankee, que considera o lesbianismo sinal de superioridade, a ignora. Cather escreveu uma das obras primas da literatura, My Antonia, que retrata a infância na prairie e a alegria de viver com a verve e energia de Mark Twain. O personagem central é uma imigrante da Bohemia, Antonia, que serve como canvas para descrever a variedade, velocidade e vastidão da sociedade Americana no período que experimenta a Liberdade ilimitada – ou seria máxima? - da Belle Époque; cujos ingredientes essenciais formavam o core dos EUA e hoje são odiados pelos liberals: a coragem individual, o trabalho árduo e sério, a criatividade empresarial, o império da lei, e a sacralidade da vida. O livro é um hino a saudade e a resignação. No fundo, é um romance irrealizado, visto e compreendido por Jim Burden; descreve a criação, crescimento e formação de um homem, um formidável e surpreendentemente comedido e despretencioso bildungsroman, que Goethe certamente aplaudiria de pé dando hurrahs.

1 comment:

Anonymous said...

Quer ver desembargadores e políticos corruptos com muito medo? http://ppavesi.blogspot.de/