Lula irado com Dilma pela derrota do PT na Câmara dos Deputados. O esparro de Lula, Ricardo Kotscho, transmite o esporro em Dilma:
Anunciado o resultado da votação para a presidência da Câmara, na noite de domingo, o placar simplesmente se inverteu: somando os 267 votos de Cunha, deputado federal do PMDB fluminense, um desafeto declarado do governo, aos 100 da oposição de Júlio Delgado (PSB, apoiado pelo PSDB), temos 367 deputados, contra apenas 136 de Arlindo Chinaglia, o candidato oficial do governo.
Foi o que restou de deputados fiéis ao governo com a estratégia do "tudo ou nada" adotada pelo novo comando político do Palácio do Planalto para derrotar Eduardo Cunha.
Pior do que isso: na sucessão de lambanças em torno da candidatura de Chinaglia, o trio formado pelos ministros planaltinos Aloizio Mercadante, Pepe Vargas e Miguel Rossetto, a tropa de choque de Dilma, o PT ficou sem nenhuma das 11 cadeiras da direção da Câmara dos Deputados. Ou seja, ficou com nada.
Mercadante já era o homem forte de Dilma ao final do primeiro governo, contestado no próprio partido e pelo ex-presidente Lula; Rossetto e Vargas foram recrutados por Dilma na Democracia Socialista gaúcha, uma tendência minoritária do PT.
Pela primeira vez na era PT, Lula sumiu de cena nas negociações para a formação do ministério e das novas Mesas que comandarão o Congresso Nacional nos próximos dois anos e acabaram jogando os descontentes do PMDB no colo da oposição.
A maior derrota política sofrida por um governo do PT, desde 2003, começou, na verdade, a ser plantada na formação do novo ministério, este verdadeiro saco de gatos que junta nulidades notórias com políticos de passado pouco recomendável.
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