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Um país que evoluiu da oca e senzala ao abismo, barbárie e caos, sem ter experimentado a civilização
“Você só abre a boca para espinafrar, e você frequentemente me fere, não pelo poder do que disse, mas por sua intenção”
François La Rochefoucauld, Maximes
“A escória da terra se une, torna-se uma associação de criminosos ou revolucionários, encontra um visionário ou algum agitador cosmopolita para liderá-la, estabelece seu próprio código de ética, impõe a nefasta disciplina da bandidagem sobre seus membros, e se prepara para submeter a sociedade livre que permitiu sua existência”.
George Santayana, The Irony of Liberalism
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Na verdade, os biólogos evolucionistas utilizam amplamente a teoria dos jogos na modelagem do comportamento ecológico de plantas e animais. Porém, o conceito de equilíbrio de Nash é utilizado em um contexto um tanto quanto distinto daquele usualmente empregado em economia. Por exemplo, em um formigueiro não há incentivos individuais para que as formigas trabalhem, não existe a figura de um feitor do formigueiro. Assim, individualmente cada membro da colônia teria incentivo ao comportamento free-rider, isto é, ficar protegida dentro do formigueiro enquanto as outras trabalham (e se expõem aos predadores) e trazem comida (na verdade a maioria das formigas não come diretamente o material orgânico que trazem, mas o utilizam como insumo na produção de fungos dos quais se alimentam).
Embora esta estratégia seja ótima do ponto de vista individual, ela não é evolutivamente sustentável, pois colônias com altos índices de formigas free-riders não terão condição de competir com outras colônias ou com outros insetos que disputam nichos semelhantes. Desta forma, supondo que o comportamento cooperativo seja genético (não há aprendizado entre as formigas), as colônias com baixo índice de cooperação serão superadas por aquelas com altos índices. De fato, estudos empíricos têm detectado maiores índices de cooperação em colônias que se situam em ecossistemas mais competitivos, que exigem, por tanto, menor número de formigas geneticamente preguiçosas.
Naturalmente que, a aplicação de teorias como esta às sociedades humanas é difícil uma vez que o comportamento humano não é, como no caso das formigas, totalmente regido pelo instinto, tendo a aprendizagem um papel importante. Além do mais, uma linha de investigação como essa, certamente causaria uma série de ataques preconceituosos e a rotulação dos pesquisadores como racistas.
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