Na galeria dos craques eternos do SB não poderia faltar um jogador que encarnou como nenhum outro o espírito Botafoguense: Perivaldo, recentemente falecido. O nobre baiano, educado nos rudimentos da afro-matemática dos economistas da Unicamp, era um dileto estudante de teoria dos jogos. Nunca ouviu falar de von Neumann, mas provou o teorema de que todo jogo do Botafogo era sempre um jogo de soma zero, o outro time sempre ganhava e sacaneava. Do lado perdedor, Perivaldo invariavelmente se emputecia. Suas voadoras antológicas nos adversários merecem ser reeditadas com sonoplastia de berimbau tocado com partitura por Yoyo Ma. Como sói acontecer no Botafogo, ele foi o único lateral direito da história humana a ser o artilheiro do time.
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