Há poucos dias atrás tive uma grata surpresa quando me deparei de um programa de uma hora sobre o trabalho da Dra. Ostrom no canal “Futura” da Rede Globo. Apesar da incompetência da repórter que a entrevistou por mais de 20 minutos, ela teve o mérito de a entrevistada falar (técnica aparentemente desconhecida aos entrevistadores brasileiros).
Dentre várias coisas interessantes reveladas por ela, está o fato de que ela não pode estudar cálculo no college, pois a disciplina era reservada apenas para os alunos homens, ou para as mulheres straight A’s, que não era o seu caso.
O trabalho meio ONG da Dra. Ostrom veio à baila porque todos os desavisados que ouvem falar da viagem da notável economista aos recantos mais selvagens do mundo acham que ela vai falar a favor de políticas públicas (o que todos sabem é só uma forma politicamente correta de dizer que vão te cobrar mais impostos para ensinar os neguinhos do morro ou do pelourinho a batucar).
O trabalho dela, no entanto, pode (em minha opinião, deve) ser interpretado em um sentido bastante diverso. Ele consiste principalmente no estudo das condições pelas quais uma situação não-cooperativa pode ser resolvida SEM a interferência governamental. O seu trabalho é muito mais alinhado com o de Coase ou com o Folk’s Theorem, do que com a complementaridade estratégica dos keynesianos do MIT, embora todos sejam baseados em teoria dos jogos.
Há poucos dias atrás tive uma grata surpresa quando me deparei de um programa de uma hora sobre o trabalho da Dra. Ostrom no canal “Futura” da Rede Globo. Apesar da incompetência da repórter que a entrevistou por mais de 20 minutos, ela teve o mérito de a entrevistada falar (técnica aparentemente desconhecida aos entrevistadores brasileiros).
ReplyDeleteDentre várias coisas interessantes reveladas por ela, está o fato de que ela não pode estudar cálculo no college, pois a disciplina era reservada apenas para os alunos homens, ou para as mulheres straight A’s, que não era o seu caso.
O trabalho meio ONG da Dra. Ostrom veio à baila porque todos os desavisados que ouvem falar da viagem da notável economista aos recantos mais selvagens do mundo acham que ela vai falar a favor de políticas públicas (o que todos sabem é só uma forma politicamente correta de dizer que vão te cobrar mais impostos para ensinar os neguinhos do morro ou do pelourinho a batucar).
O trabalho dela, no entanto, pode (em minha opinião, deve) ser interpretado em um sentido bastante diverso. Ele consiste principalmente no estudo das condições pelas quais uma situação não-cooperativa pode ser resolvida SEM a interferência governamental. O seu trabalho é muito mais alinhado com o de Coase ou com o Folk’s Theorem, do que com a complementaridade estratégica dos keynesianos do MIT, embora todos sejam baseados em teoria dos jogos.
Rogê
Lá muitos poderão constatar que a privatização não é a panaceia salvadora.
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