Tuesday, May 25, 2021

Estratagemas Cismáticos

Texto escrito pelo Pe. Gerald Murray, publicado no site norte-americano The Catholic Thing :
A recente tentativa, por parte de clérigos e leigos progressistas, de forçar a Igreja Católica a abandonar doutrinas que eles consideram inaceitáveis em matéria de moral sexual, inclui, necessariamente, esforços por modificar a linguagem com que a Igreja apresenta essas doutrinas em documentos oficiais, como o Catecismo. Uma das estratégias empregadas funciona como uma espécie de ataque autocontraditório: um ensinamento é considerado ininteligível às pessoas do nosso tempo por usar uma linguagem filosófica obscura. A um só tempo, o ensinamento é condenado como cruel e ofensivo, porque essas mesmas pessoas do nosso tempo, ao que parece, são perfeitamente capazes de entender a linguagem e o sentido do ensinamento. Elas simplesmente não gostam dele.
Outra estratégia consiste simplesmente em ridicularizar o ensinamento como disparatado, absurdo e constrangedor no mundo em que vivemos. Se o consenso reinante entre as pessoas informadas e inteligentes quanto ao que é certo ou errado considera uma doutrina católica incompatível com a própria maneira de ver as coisas, então é a Igreja que tem a obrigação de rejeitar tal doutrina. Por quê? Porque o “progressivo” consenso moral e ético das sociedades ocidentais ditas “avançadas” tem de ser agora a única norma aceitável para julgar qualquer comportamento. Os líderes da Igreja que abraçam essa visão abandonaram, evidentemente, os ensinamentos da Igreja e são os arquitetos e construtores da “igreja do que está acontecendo agora”.
A grave ameaça que essas táticas de pressão representam para os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade está bem documentada em um recente artigo escrito pelo jornalista Edward Pentin. Alguns bispos e padres são os principais promotores de uma campanha persistente para que a Igreja abandone a doutrina segundo a qual os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados. Em consonância com o Antigo e o Novo Testamento e com a longa história do pensamento moral católico, a Igreja nos ensina que esses atos são intrinsecamente maus e jamais poderão ser moralmente bons, em circunstância alguma.
Por que isso está acontecendo? Como pastor de almas, sei bem como as pessoas tentam defender e justificar seus pecados das mais variadas formas. Uma das táticas é convencer-se de que, já que você não é má pessoa, mas boa e amável, então seus desejos e escolhas de vida também devem ser bons: eles devem vir de Deus.

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