Artigo de Adolfo Sachsida, No entanto ela move-se: "Estudos acadêmicos repletos de evidências empíricas salientam que, para países muito endividados, a expansão desmedida do gasto público tem efeitos deletérios sobre as expectativas, o que desancora a trajetória inflacionária, aumenta o risco-país e a taxa de juros futura, reduzindo investimentos, empregos e renda. Exatamente por esse motivo defender a consolidação fiscal está no melhor interesse da sociedade, principalmente dos mais pobres que são os mais afetados pelo desemprego e a inflação.
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Um robusto conjunto de medidas para o crescimento da produtividade foi igualmente implementado no período: revisão do contrato de cessão onerosa (possibilitou o maior leilão de petróleo do mundo), novo FGTS, lei de liberdade econômica, nova lei do Agro, novo marco do saneamento, nova lei de falências, nova lei de licitações, autonomia do BACEN, redução da meta de inflação, novo marco do gás, novo marco de agências reguladoras, novo marco para startups, redução unilateral de 10% no imposto de importação para 1.495 produtos, avanços na agenda de concessões, entre outras iniciativas. No geral essas medidas buscam aumentar a produtividade via correção da má alocação de recursos, novos marcos legais e aumento da segurança jurídica, privatizações e concessões, abertura comercial, desburocratização e melhoria do ambiente de negócios".