Gramsci e o Caos Hodierno: STF, Isentões, Extrema Imprensa e Antifa

Para entender o momento e movimento revolucionário que vivemos é preciso ler o seu arquiteto, Gramsci. Escrito há quase 100 anos, as poucas páginas de seu Príncipe Moderno expõem, na parte do Partido Político, o que precisamos saber [The Modern Prince, International Publishers, NY, 1957 reprint 2016, pp.146-153]. Gramsci estabelece que o Príncipe Moderno é o movimento comunista internacional. Sua função é tomar a liderança da história da nação, guiando-a, para estabelecer uma sociedade sem classes. O comunismo é legião, é formado por vários partidos: grupos “apolíticos”, como a extrema imprensa e uma classe de intelectuais [isentões] responsáveis pela educação, cultura e criação de uma nova moral; de um judiciário progressista, o STF, reprimindo os que estão dentro da lei e criando uma nova ordem legal e, finalmente, os grupos encarregados da ‘ação direta’, i.e., terrorismo, como os Black Blocks, Antifa, etc. Notem, todavia, que esses partidos tem a função de ligar a base, o homem comum provido de disciplina e fé, com a liderança do movimento comunista. A liderança é formada por uma pequena claque treinada para exercer o poder e hegemonia com objetivos comuns, encarregada de centralizar, organizar e disciplinar a base. Ela atua camuflada, não aparece diretamente ligada a esses elementos. Eis, então, os três elementos fundamentais do Príncipe Moderno.