Excelente artigo de Flavio Gordon sobre o feminismo: o argumento da escritora antifeminista Suzanne Venker no seu livro The War on Men. Referindo-se a expoentes da assim chamada “segunda onda do feminismo”, a exemplo de Betty Friedan – autora de The Feminine Mystique, no qual afirma, entre outras sandices, que as mulheres donas de casa “vivem em confortáveis campos de concentração” –, Venker mostra como todas elas tinham uma visão esnobe e elitista de si próprias, acreditando que a vida doméstica e a criação de filhos eram atividades indignas de seu estatuto de mulheres educadas. “Essas mulheres não dão qualquer valor à maternidade. Dinheiro e poder é como elas definem sucesso” – escreve a autora. “O verdadeiro poder, dizem as feministas, vem em forma de salário”.
Venker aponta também uma característica notável comum às principais líderes feministas da segunda onda: o fato de serem solteiras, desquitadas ou mal casadas. Somado a isso, sabe-se que a maioria teve problemas na infância, sofrendo com abusos ou negligência parental. Nas palavras da autora: “De fato, muito do que aconteceu com as relações de gênero neste país é resultado de um movimento influente cujo foco recaiu exclusivamente sobre mulheres infelizes e frustradas”.
Nisso, o movimento feminista inspirou-se em larga medida nas ideias de um homem: Alfred Kinsey, o celebrado sexólogo que, anos 1960, teria abalado o puritanismo da classe média americana, ao demonstrar que, em matéria de sexo, tudo era normal (no sentido valorativo e estatístico do termo). Sabe-se hoje que suas pesquisas foram tendenciosas, fraudulentas e até mesmo criminosas, talhadas ao feitio da agenda política do movimento de contracultura, com sua crítica à moral judaico-cristã e às noções tradicionais de família e sexualidade. Os métodos “científicos” de Kinsey consistiam basicamente na generalização de dados obtidos junto a maníacos e delinquentes sexuais, retratados posteriormente como se representassem a média do comportamento sexual da sociedade americana.
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