Antes dos 13 anos de governo do PT, o futebol brasileiro era coisa para homem, não tinha cotas para transexuais ou para mimizentos a la Neymarra. Para se profissionalizar como zagueiro o jogador tinha que saber o be-a-bá do esporte: 1) bicar a bola para o lado em que estiver virado; 2) bicar o adversário que estiver com a bola; 3) bicar o gandula que esconde a bola. Vantuir preenchia esses quesitos com excelência. Foi o maior quarto-zagueiro da história do galo mineiro de Minas Gerais. No seu tempo qualquer pessoa com mais de 1.80 m era gigante e se tivesse controle motor virava goleiro, senão zagueiro. Foi revelado pelo grande Yustrich, técnico conhecido pelo temperamento contemplativo e bonançoso. Atingiu o primor sob Telê Santana, que tendo Vantuir como modelo, dez anos depois tentou recriar seu futebol em Luisinho. Infelizmente Luisinho, a promessa mineira, virou um dos maiores meia armadores da história da Azzurra; em jogo memorável, com elegância e antecipação suas jogadas abriram a defesa com facilidade, como se fossem as pernas da Cleo Pires, para Paolo Rossi kidbengaliar a canarinho sem dó, nem piedade, mas com vaselina mineira [aquela que já vem com cerol]. Por falar em vaselina mineira, Vantuir entrava com vigor no bumbum guloso dos centroavantes. Mas estava sempre no estaleiro, coisa inerente aos jogadores do Galo da década de 70, todos bichados. Foi jogar no Grêmio no final da década. Em dez anos conquistou 3 campeonatos mineiros, dois gauchos e dois brasileiros.
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