Poucos times no mundo tiveram tantos e saudosos craques sararás como o Corinthians. Se o time jogasse na Tanzania seria literalmente devorado pela galera. Em sua galeria figuram Ruço, Romeu e Biro-Biro. Entre esses Biro-Biro merece destaque pois em cerca de dez anos foi campeão paulista 4 vezes com o manto sagrado do PT. Fez parte do escrete de 79, e participou da democracia curinthiana. Formou o fantástico quadrado do meio de campo que era um losango com Paulinho [o genuíno e não o fake da geração Neymarra], Zenon e Sócrates. O Doutor era o dono do time, pois era o único que sabia ler e escrever. Era quem tinha a chave da 51 e do livrinho vermelho de Mao que ditava as táticas de guerrilha do futebol mosqueteiro. Mario Travaglini só palitava os dentes. Esse meio de campo servia, como um típico garcon cearense, o poderoso ataque formado por Ataliba [um ponta direita genial com o QI de um Guga Chacra] e Casagrande, que naquela época batia um bolão comentando futebol. Biro-Biro marcou dois gols nos Bambis no jogo final do paulistão de 1982, apitado por José Assis Aramengão. Um dos seus gols contou com a publicidade da Perdigão, protagonizado por Waldir Perez que levou um lindo frango Sadia para casa. Quando abandonou o futebol virou politico. Foi candidato a deputado federal por Manguaguá no qual só ganhou dois votos, um deles do diretor da Mancha Verde local, nosso Calábrio Thiago, e o outro ninguém sabe dizer, pois ele não votou em si mesmo.
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