Um país que evoluiu da oca e senzala ao abismo, barbárie e caos, sem ter experimentado a civilização
Tuesday, December 19, 2017
Craques Eternos do SB: Flecha
Em 1974 todo time brasileiro que se desse ao respeito tinha um bom ponta direita. Naquele tempo o job era simples e vigorava a ortodoxia Garrinchiana: o sujeito tinha que correr muito, bicar a bola pra frente, chegar na linha de fundo antes do lateral e cruzar a bola rezando para ela chegar na grande área, i.e., na direção diametralmente oposta da que ele tinha mirado. Entre tantos pontas direitas um se destacava, Flecha, que tinha a mesma ginga gremista de Renato Portaluppi para a putaria. Zagalo preferiu levar outro gaúcho para a copa, o incomparável cabeça de bagre Valdomiro. Flecha foi campeão do bicentenário americano em 76 com a canarinho. Mas seu grande momento foi jogando no escrete do America em 74 que estava apinhado de craques como Orlando Lelé, Ivo e Braulio e no ataque Flecha, Luisinho, Edu [irmão do Zico que jogava muito mais do que o frango de quintino] e Gilson Nunes. Bateu o Flu que tinha os campeões do mundo Felix, Marco Antonio e Gerson, com Parreira como técnico. O América terminou o campeonato carioca com o mesmo número de pontos do Flamengo e, como sempre acontece, o time do partido socialista do leblon se sagrou campeão porque para a mulambada o que importa é o princípio Gilmar Mendes de justiça: roubado é mais gostoso.
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