Quarenta anos atrás, Emilio, o méleo Odebrecht de meiga bonomia baiana, contratou Lula como mestre de obras e esquemas. Mas o paraíba de Garanhuns nunca gostou de trabalhar e regalão não se contentava apenas com as viuvinhas do sindicato. Sua luxúria gigantesca era inversamente proporcional a pequenez da alma. A lascívia do anão moral picado pelo aedes aegypti do socialismo, e tentado pelas crocantes e deliciosas ninfas das obras superfaturadas, cobiçou o ouro a ser garimpado pela máquina governamental e transformado num anel que lhe daria o poder ilimitado. Ao invés de mandar o gnomo comunista para o inferno e evitar suas mandingas e pragas, o velho Odebrecht deixou o anel com o nibelungo do ABC pensando que sairia com o anel de couro do seu boleado bumbum guloso incólume. Como sói acontecer, o anel é amaldiçoado, mas foi seu filho quem se fodeu de verde e dourado.
Marcelinho Junho Baiano depois de dois anos sentado em cana dura resolveu abrir o jogo e delatar Lula. Logo em seguida, Lula fez uma ameaça velada a sua família. Homem de coração puro e versado nas sagas nórdicas, Lula puxa a peixeira para Odebrecht na única linguagem que o jovem gangster baiano de nobre linhagem alemã entende. E Lula mimica Gudrun, a rainha que sacrificou os filhos com Atli e confessou o crime ao marido: “Veja, você me feriu ao chacinar meus irmãos. Agora ouça com atenção o que eu fiz; você perdeu seus filhos, e suas cabeças são os copos em cima dessa mesa, copos em que você bebeu seu sangue misturado com vinho; e seus corações eu arranquei e assei no espeto, e você os comeu com prazer”.
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