Um país que evoluiu da oca e senzala ao abismo, barbárie e caos, sem ter experimentado a civilização
Friday, August 28, 2015
Pastore Pupilo de Delfim se Volta Contra o Mestre
Affonso Pastore era o braço esquerdo de Delfim em seu segundo mandarinato na economia brasileira na primeira metade da década de oitenta. Os dois fizeram um trabalho histórico, comparável ao do Estado Islâmico, pois implodiram as ruínas construídas pelo planejador central da ditadura, o festejado socialista Mario Henrique Simonsen. De quebra, para não deixar barato, legaram a hiperinflação que tiranizou a vida dos brasileiros por mais uma década. Pastore chegou ao poder com fama de craque e ninguém sabe direito porque, talvez porque seu primeiro nome tenha dois fs, ou porque seja mais um dos inúmeros jênios da economia da USP. Finalmente parece que ele se apercebeu que seu velho mestre Delfim só fala merda e os dois trocaram farpas num desses congressos de energúmenos:
Pastore interviu antes da réplica de Pessoa e disse que a discussão tem que ser empírica, tem que olhar as experiências da Coreia do Sul, do Chile, do Peru. Ele afirmou que Delfim era um fabiano, um intervencionista. Só que o intervencionismo não dá certo no Brasil como na Coreia, afirmou ele. Pastore também disse que não há dicotomia entre distribuição de renda e crescimento e que esse é um falso debate no Brasil – tanto que Peru e Chile teriam conseguido aliar as duas coisas em determinados momentos da história recente. Só que ao final Pastore afirmou que um país que passa dos limites de gastos não consegue isso e que o jeito certo de construir a política econômica se aproximava muito mais do que estava falando Pessoa do que com o que dizia Delfim.
O ex-ministro disse então que partindo de hipóteses erradas, era possível provar qualquer coisa. Pastore retrucou que era possível provar inclusive as teses do Delfim. A plateia caiu em gargalhadas.
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