Sacrifiquei dois bois gordos e um cabrito subnutrido para Zeus. Primeiro cortei suas jugulares e tirei o couro. Para Zeus separei os ossos e os embrulhei em camadas de gordura e depositei carne crua sobre eles e orei: “Zeus, o maior e mais glorioso, deus da nuvem escura que navega nos céus. Garanta que o sol não se ponha antes que ganhemos da Costa Rica”. Não deu certo. A FIFA marcou o jogo para as 5 horas e já no segundo tempo estava escuro. Estava claro que empataríamos no último segundo do tempo normal e perderíamos nos penaltys. Ao menos livrei o mundo de hecatombe ainda maior: se a civilização nasceu na Grécia ela está destinada a acabar nos [ou sob] pés do nosso futebol.
Chryses é catimbozeiro profissional. Aviso: não comam sua filha.
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