A Política Econômica da Mediocridade
Alexandre Schwartsman sempre lucido:
Houve tempo em que o regime de política econômica no Brasil era bem diferente da desorganização que hoje floresce sob o nome de "nova matriz macroeconômica". A taxa de câmbio flutuava, o superavit primário realmente existia e o Banco Central perseguia a meta anunciada de inflação, em vez de procurar desculpas para seu próprio fracasso.
Naquela época também não faltavam críticos a apontar como alternativa à "ortodoxia" os regimes seguidos por outros países latino-americanos, que, segundo nossos "keynesianos de quermesse", cresceriam mais que o Brasil, sem pôr em risco a estabilidade.
Argentina e mesmo a Venezuela foram indicados, mais de uma vez, como modelos de países que, livres da "ideologia neoliberal", seriam os faróis do desenvolvimento regional.
Lamentavelmente esses críticos, alguns dos quais são considerados os únicos economistas respeitados pela presidente, acabaram prevalecendo. O Brasil vem gradualmente abandonando o regime anterior, de forma algo envergonhada, é verdade, mas não menos real. Não chegamos, provavelmente por falta de tempo, aos extremos observados naqueles países, um golpe de sorte que não pode ser desperdiçado.
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