Implosão do Banco Central
Dois pedidos de demissão abalam a estrutura do Banco Central. Diretor mais importante do BC mostra descontentamento com a intromissão do Palácio do Planalto na condução da política de juros e coloca o cargo à disposição. Mas acaba cedendo a pedidos do chefe, Alexandre Tombini, e fica para evitar o estouro de uma crise no governo. Desde que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tomou posse, a discordância dentro da instituição nunca foi tão latente. O desgaste com o mercado e com a sociedade, sobretudo depois que os índices de inflação estouraram o teto da meta de inflação, e a submissão da instituição ao Palácio do Planalto e ao Ministério da Fazenda levaram o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, a pedir demissão duas vezes. A primeira, conforme integrantes do governo, quando a presidente Dilma Rousseff estava na África do Sul, no fim de março; a segunda, durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio.
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