Sunday, April 7, 2013
A Evolução das Citações por Paper do Brasil
O professor da UnB Marcelo Hermes Lima mostra a evolução das citações por paper do Brasil em relação ao primeiro lugar do mundo. O Brasil melhora entre 1997 e 2005, depois disso tem sido só ladeira abaixo !. Ele critica a política da CAPES em incentivar o maior número possível de doutorados no Brasil acompanhados de publicação, segundo Hermes isso causa uma redução na qualidade média dos papers publicados medido como impacto relativo de citações. O SB discorda dessa critica. Dado um conjunto de revistas internacionais com reputação estabelecida, uma política de incentivos para publicação nessas revistas é a melhor política científica possível, pois as revistas internacionais com reputação estabelecida servem como parâmetro de qualidade internacionalmente aceito da prática científica. Entretanto, se a política da CAPES incentiva a publicação em qualquer revista, inclusive revistas domésticas e/ou revistas recentemente criadas sem reputação internacional estabelecida, então o resultado de elevada produção científica com baixo número de citações por paper pode ocorrer, sugerindo uma queda na qualidade dos artigos.
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3 comments:
Não é exclusividade do Brasil: o produtivismo é fenômeno internacional, como pode-se ver em diversas discussões em sites/blogs de ciência do mundo.
Devo apenas notar que os países com melhor qualidade científica hoje, por exemplo Finlândia e Suiça, nunca passaram por um período de produtivismo exacerbado. E que a lógica mostra que a pressa é inimiga da perfeição, seja em desenhar ou "pegar mulher".
Queremos ser iguais à China ou à Suiça? Quem ganha com esse jogo? São perguntas que ninguém faz, provavelmente pq passaram batido pelas aulas de senso crítico na escola, ou agora falta tempo para pensar...
http://cienciabrasil.blogspot.com.br/2013/04/blog-selva-brasilis-discorda-da-causa.html
Embora existam muitos aspectos nessa discussão, acho que vale a pena destacar o seguinte: o SB, assim como a maioria dos ditos cientistas, aceita o fato de que a CAPES determina o norte da produção científica brasileira. Ora, a CAPES é um órgão de fomento e de avaliação da Pós-Graduação, ou seja, do Ensino! Em vez disso, ela tem se prestado a ser instrumento para obtenção de índices de produtividade e abdicado de sua função primordial: garantir formação de qualidade na Pós-Graduação. Sendo assim, estamos empurrando nossos estudantes para a bancada (ou equivalente em outras áreas) e tirando-os dos momentos de reflexão, das aulas de qualidade, das discussóes científicas, etc. Os índices quantitativos sobem, mas a qualidade, em todos os aspectos tende sim a piorar.
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