Os Botecos de Brasília, e Saudades do Meu Amigo Franklin

Franklin, um caro e saudoso amigo, era professor de física de cursinho para vestibular e de segundo grau. Fomos colegas do Palmares, Objetivo e outras quebradas que nem me lembro mais. Cansamos de fechar o beirutão de madrugada em dias de semana nos anos 80. Fazia parte da rotina de dar aula das 7 da matina as 11 da noite, vir de ônibus de Sobradinho ou da M norte, e fechar o dia tomando aquela antarctica horrorosa mas super gelada. O SB brincava com o Franklin dizendo que um dia conseguiria ter um barrigão de cerveja maior do que o dele. Conseguiu, após anos de trabalho duro e dedicação. Nós ficávamos encostados no balcão, jogando conversa fora, vendo a comunada ir embora do boteco. Nunca presenciamos qualquer problema entre os frequentadores do bar e os moradores da 109 ou 110 sul. Talvez fossemos pinguços educados, civilizados. Mas, como sói acontecer, não há nada na selva que não possa piorar. Hoje, infelizmente, os bares de brasília são focos de problemas, violência e desrespeito.