Porradão merecido e muito bem aplicado por Reinaldo Azevedo:
O cineasta gaúcho Jorge Furtado, filho de mãe e pai da Arena — servidores dedicados do Regime Militar —, que teve os dois primeiros empregos em empresas públicas à época em que aliados de sua família estavam no governo do Rio Grande do Sul (um deles biônico), afirmou que só a direita branca de São Paulo reagiu mal ao projeto. Para ele, o governo tinha era de dar dinheiro à cantora. Entendo.
Furtado não é o único que teve pais de direita para que os filhos pudessem defender as bondades da esquerda — com o dinheiro dos outros, naturalmente. Os progenitores cuidaram da acumulação primitiva para que eles pudessem defender as teses distributivas… dos bens alheios! O dinheiro das leis de incentivo fiscal é público, sim, senhores! Acusar o outro de “direitista”, driblando o mérito do “que” se debate para se fixar em “quem” debate, é o último refúgio da canalhice intelectual. Se preciso, a gente vê, então, quem é quem.
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