Numa sociedade em que o rent seeking impera, alguém tem que cobrar a entrada no ônibus das benesses estatais, que favorecem poucos e são pagas por aqueles otários chamados contribuintes. O judiciário brasileiro é o cobrador, ele serve para dar um verniz de legalidade ao esbulho da coisa pública. Mas legalidade nunca foi sinônimo de legitimidade.
A toga se declarou ontem “perplexa, chocada” com a decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) de não negociar com a categoria, que reivindica reajuste de 14,79% a título de reposição de perdas inflacionárias.
“O governo não pode tratar sua relação com outro Poder, que é independente, como se estivesse negociando com sindicato de motorista de ônibus”, declarou o presidente da Associação dos Juízes Federais, Gabriel Wedy. Para ele, “o governo precisa evidentemente fazer essa distinção, não pode desconhecer o magistrado como agente político do Estado”.
Alguém, sinceramente, que não seja; político, juíz, banqueiro, funcionário público ou "cuntiano", acredita que essa merda pode dar certo um dia?
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