O SB, enquanto especialista em literatura grega clássica, descobriu esta fábula do Esopo, inédita:
A lebre tripudia em cima dos outros animais dizendo ser o mais veloz de todos. Um dia um jabuti a desafiou: “Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, eu ganho”. A lebre caiu na gargalhada e disse: “Um corrida? Contigo? Valendo um prêmio? Vamos nessa!”
A corrida foi marcada para o dia seguinte e organizada por um comitê de raposas. Logo na partida a lebre saiu na frente. O jabuti não se abalou e continuou no mesmo ritmo, lentamente. A dianteira era tão grande que a lebre parou no meio do caminho para comer um feijoadão e participar de um pagode liderado por um famoso sambista. A lebre pediu um tamborim, mas acabou com um cavaquinho. Passaram a tarde toda tomando cerveja, comendo torresminho e tocando sambas do famoso sambista. Quando se deu conta, a lebre percebeu que o jabuti havia terminado a corrida e vencido. Indignada foi reclamar com o comitê organizador dizendo que o jabuti era mau-caráter, bandido e havia trapaceado. As raposas preocupadas com a justiça social, rifaram o jabuti e decidiram então premiar o sambista com o primeiro lugar na competição. Quando soube do prêmio, o sambista degustava um caldinho de feijão acompanhado por uma cachacinha de Salinas e agradeceu o comitê de raposas pela sua consciência social.
Moral da estória: Enquanto houver otário no mundo, malandro não morre de fome.
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