Mais uma vez Olavo de Carvalho acerta em cheio: "Quando lhes digo que o traço essencial e permanente da mentalidade revolucionária é a inversão psicótica, não estou brincando, nem exagerando, nem fazendo figura de retórica: estou apontando um dos fatos mais bem documentados da história cultural dos últimos séculos – um fato que pode ser verificado tanto nas estruturas gerais do pensamento revolucionário quanto nas atitudes práticas e até nos detalhes de linguagem de seus representantes mais notórios.
Quando o sr. Luís Inácio Lula da Silva se recusa a dizer uma palavrinha em favor de um preso político cubano em greve de fome, alegando escrúpulos de interferir nos assuntos internos de uma nação estrangeira, ao mesmo tempo que ajuda a reintroduzir no território hondurenho um presidente banido e se gaba de ter metido gostosamente o bedelho do Foro de São Paulo nos plebiscitos venezuelanos, ele ultrapassa os limites da mentira política normal, que no mínimo respeita um pouco o senso do verossímil: ele entra com as quatro patas no campo da inversão psicótica, chocando a platéia ao ponto de idiotizá-la, dessensibilizando-a para o absurdo do que está ouvindo.
Embora esse modo de falar possa se consolidar como vício ao ponto de seu próprio usuário se tornar insensível à maldade que pratica quando o emprega, na verdade ele se originou como uma técnica psicológica muito bem elaborada. Denomino-a “impressão paradoxal”, embora na bibliografia seja citada também com outros nomes, como “dissonância cognitiva” ou “psicose informática”".
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