Thursday, June 25, 2009

A Dialética Dunganeana

Dunga é um filósofo, um livre-pensador da bola. O show de futebol contra a Itália criou um problema sério para Dunga. Ele passou a semana pensando em arranjar um jeito de piorar o time. “Vou colocar o Josué”, era a proposta brilhante que mais ouviu de si mesmo. E, entao, dialeticamente, concluiu que não é preciso mudar nada! “Porra”, pensou, “eu ressuscitei o Paulo Isidoro, é óbvio, portanto, que o Ramires vai voltar a ser o Ramires. E o tal de André Santos que alguém da CBF me mandou colocar no time, vai voltar a não conseguir dar um passe lateral corretamente!” Não deu outra. O time jogou aquele futebolzinho rasteiro, diria, andaluz. Mas mesmo tentando espanholar, o Brasil nunca vai conseguir jogar tão mediocrimente no nível da fúria. Também pudera, os springboks do futebol nunca chutaram uma gorduchinha, estão mais acostumados com uma bola de rugby. Somente um gênio como Joel Santana para conseguir fazer com que perdessem de apenas um a zero. Se o time ainda fosse dirigido pelo Parreira, teriam levado uma inesquecível tridimensional voadora no pé das orelhas.

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