Reinaldo Azevedo detona um professor da UnB chamado Andrei por supostamente "desconstruir Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo". O professor Andrei replicou dizendo, entre outras coisas, que: "Minha relação com a UnB é totalmente VOLUNTÁRIA. Não recebo patavina por isso. Ofereço a disciplina porque sou alumnus da UnB e sempre fui – como digo repetidamente em aula – CONTRA a gratuidade do ensino superior no Brasil. Ensino na UnB para repagar minha dívida com meu país. (...) Esse blog é um espaço informal – e, acima de tudo, aberto – de ensino. Quem quiser participar, pode. A menos que os alunos da disciplina decidam pelo contrário, manterei todos os comentários QUE NÃO FOREM ofensivos a eles. Quem quiser me ofender, que fique à vontade. Mas serei bem menos diplomático com quem ofender a eles".
Brilhante e corajosa iniciativa Andrei. Quantos professores teriam a coragem de colocar seus cursos online e aceitar críticas? Poucos.
O SB gostaria de sugerir um adendo ao programa do curso. Seria interessante remeter os alunos na aula sobre Foucault `a crítica de José Guilherme Merquior em seu livro, Foucault (1987) [uma resenha aqui]. Merquior, um grande pensador brasileiro, é, como esperado, solenemente ignorado na selva.
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2 comments:
José Guilherme Merquior foi um dos valorosos quadros do atualmente tão politizado Ministerio das Relações Exteriores. Como mácula, os selvagens o rotulam de ter ajudado o (des)governo Fernando Collor de Mello - mas foi um dos quadros mais valorosos do Itamaraty, junto a outras importantes personalidades como Joaquim Nabuco ou Roberto Campos. De fato, é pena não ser tão estudado nas bancas acadêmicas.
Oi Selva,
Obrigado pela força. Esses dias deram muito trabalho. Infelizmente, houve uma desonestidade profunda na crítica. Dizia que o propósito da disciplina é doutrinar. Não é. Até porque qual disciplina que visa a doutrinar alunos com uma ideologia esquerdista tem dois exilados cubanos entre os autores a serem lidos? Enfim...
Só queria fazer uma ressalva. Não uso o honorífico “professor”. Jamais usei. Meus alunos me chamam de Andrei. Como disse em minha resposta ao Azevedo, a “a obsessão com a titulação é o tributo que a academia brasileira paga ao patrimonialismo que tanto critica”. A palavra “professor” acaba tendo a mesma função que a palavra “coronel”. Sou Andrei e ponto.
Um forte abraço,
Andrei
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