Entre as três alternativas opta-se por permanecer mais tempo no Iraque e diminuir o número de tropas no longo prazo. Essa é a solução paliativa, go long, cuja a escolha se explica pela ausência de boas alternativas factíveis. Acredita-se que a retirada de tropas agora iria precipitar, ou melhor, ampliar a guerra civil no Iraque. Em 2003 acreditava-se que um número reduzido de tropas era suficiente para vencer Sadam e pacificar o Iraque rapidamente. Após três anos e meio está claro que essa estratégia falhou.
A falha da invasão americana no Iraque se explica, entre outros motivos, pela ilusão de que o “planejamento” feito pelos burocratas/militares do pentágono era infalível e pela crença de que uma intervenção militar era suficiente para “consertar” um país. A doutrina do “nation building” utilizada no Iraque ignora lições primárias de economia pois parte do pressuposto que uma intervenção governamental, de um governo externo, é essencial para a mudança, reconstrução e estabilização de um país. O paradoxo dessa guerra está exatamente no fato de que o governo americano, intervencionista no Iraque, é o mesmo que por princípio defende uma economia de mercado e que em casa acha que o governo deve ter uma participação mínima na economia, sociedade e política. A derrota no Iraque é mais uma derrota do planejamento central.
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1 comment:
Este artigo aqui toca na mesma tecla ao comparar a experiência da Coréia do Sul com a do Iraque.
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