Fiódor Pavlovich Mishkin: A Pureza da Mãe Rússia

Caro Sr. Selva, estou entrando para o time de comentaristas do SB com o firme propósito de impedir que os degenerados ocidentais neguem ao povo brasileiro a verdade sobre a grandeza da pátria mãe. Enquanto metrossexuais de Aragão e Castela, bárbaros hunos, depravados batavos e até mesmo as hordas saxônicas recebem toda atenção dos comentaristas desta terra distante onde ocorre a Copa do Mundo vejo que a mãe Rússia, farol da civilização, é ignorada. Como a maioria dos comentaristas acompanha duas seleções resolvi não fugir a regra e também comentar o desempenho dos fiéis depositários dos recursos desviados dos povos do mundo, as tribos helvéticas que se abrigam nos cantões conhecida nestas terras como Suíça. Assim enquanto glorifico a mãe Rússia justifico minha estada nos Alpes e respondo aos maldosos ocidentais que insinuam que eu e meus camaradas temos conta nos bancos helvéticos. Por fim, aproveitarei para apreender com os brasileiros as técnicas financeiras que permitem gastar alguns bilhões de dólares para construir estádios sem cobertura e com arquibancadas provisórias para aplicar nos preparativos para a Copa de 2018.


Fiódor Pavlovich Mishkin estudou em Harvard e portanto está habilitado a pilhar a mãe Rússia. Sob a influência de Valdomiro Pinto pretende fundar um BNDES para investir em laranjais na Sibéria.