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Um país que evoluiu da oca e senzala ao abismo, barbárie e caos, sem ter experimentado a civilização
“Você só abre a boca para espinafrar, e você frequentemente me fere, não pelo poder do que disse, mas por sua intenção”
François La Rochefoucauld, Maximes
“A escória da terra se une, torna-se uma associação de criminosos ou revolucionários, encontra um visionário ou algum agitador cosmopolita para liderá-la, estabelece seu próprio código de ética, impõe a nefasta disciplina da bandidagem sobre seus membros, e se prepara para submeter a sociedade livre que permitiu sua existência”.
George Santayana, The Irony of Liberalism
1 comment:
Nélson Rodrigues, um tricolor emérito, escrevia como ninguém sobre os Fla-Flus em suas crônicas do Jornal dos Sports... Teria muito a escrever sobre o Fla-Flu de ontem... Nélson escrevia com uma lucidez de dar inveja a qualquer cronista dessa podre crônica paulista. O que aconteceu ontem foi que o MESSI É PRIMO DO BIANCUCCHI, E NÃO O CONTRÁRIO...
Certa feita, Nélson Rodrigues vaticinou... "O Fla-Flu da Liga Carioca. Que beleza! Ainda vou perguntar ao Geraldo Romualdo se é verdade que, certa vez, houve, em um só ano, uma vez, dezessete Fla-Flus. Não sei se vocês me entendem. Não havia jogo maior em todo o mundo. E quanto mais Fla-Flu havia, maior era a fome do povo. Depois de um Fla-Flu, começava a violenta nostalgia do próximo. Ontem, um tricolor veio me dizer: - “Todo clássico pode morrer, menos um Fla-Flu”.
E é nesse espírito que um Fla-Flu deve ser. Aquele espírito de parar uma cidade, parar um país... O Flamengo de ontem, puxado pela sua torcida e pela "força" de dois jogadores a menos conseguiu o que parecia impossível - ganhar do Fluminense com dois jogadores a menos...
Mais uma vez, citando o tricolor Nélson Rodrigues - em sua "Flamengo Sessentão" -
"Para qualquer um a camisa vale tanto como uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas,
tremem, então, intimidados, acovardados, batidos. Há
de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha
inexpugnável".
Impossível acreditar que o Nélson era tricolor, e não um Flamengo.
Senhores, time grande (leia-se Clube dos 13) não pode e não deve cair para a segundona. Têm tradição, curriculo, respeito, torcida, camisa. Que as segundonas da vida sejam jogadas pelos Náuticos, Américas de Natais, Juventudes, São Caetanos (já em seu devido lugar!) e congêneres.
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